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Introdução:
Eduardo Henriques Moreira não foi um propriamente um pioneiro especificamente das Assembleias de Irmãos. Contudo, colaborou intensamente com as Assembleias de Irmãos, sobretudo as da zona de Braga, Oliveira de Azeméis e Lisboa. Particularmente, foi secretário geral da Acção Cristã da Mocidade (ACM). Por esse motivo, incluímos igualmente, neste rol, o seu nome.
Concluída a instrução normal, Eduardo Moreira, a par do emprego, estuda no Ateneu Comercial, no Instituto Real de Lisboa. Aprendeu o grego e com Erasmo Braga recebeu alguma luz do hebraico. Conseguiu ainda aprender o espanhol, francês e o inglês. Tudo isso veio auxiliar muito a sua natural inclinação para a cultura que, poucos como ele, souberam cultivar.
Apenas com dezasseis anos de idade já pregava o Evangelho. Livre do serviço militar (segundo os médicos que o inspeccionaram, era fraco dos pulmões), contrai casamento em 1907 com Laura de Almeida, com quem teve três filhos - Gustavo Adolfo (já falecido), Ernesto Moreira (médico nas Caldas da Raínha) e Maria Elisama (professora e missionária em África).
Tomou o serviço da obra cristã nas assembleias de Braga, Oliveira de Azeméis e Ponte de Sor. Durante anos esteve na Igreja Evangélica Presbiteriana de Febo Moniz, em Lisboa, antes de mudar para a Igreja Lusitana em 1947.
No Porto, foi secretário geral da Acção Cristã da Mocidade (ACM), onde as actividades eram enormes. Antes do Padre Américo ter principiado a obra do Gaiato, Eduardo Moreira iniciou uma obra do género, ocupando as crianças com ginástica, instrução e refeições diárias. Ali funda a Revista Triângulo Vermelho, complemento da Cruz Vermelha. Enquanto esta, na sua origem, cuidada dos corpos dos soldados feridos no campo da batalha, aquela tinha em mira o aspecto espiritual.
Eduardo Moreira foi o primeiro (e o único ?) "capelão evangélico" oficialmente nomeado pelo Estado (ao tempo de Norton de Matos) mas que, em virtude da revolução sidonista, a referida nomeação foi anulada.
Professor no Seminário Evangélico, publicista, erudito e poeta. Começou a aprofundar, desde verdes anos, matérias teológicas. Seu nome ficou ligado aos serviços públicos, aos Congressos Evangélicos, às Missões em África, ao movimento escutista, à Sociedade Bíblica, à Universidade de Coimbra, à imprensa diária de Lisboa e a quase todas as revistas evangélicas, inclusive na História da aliança Evangélica Portuguesa - António C. Barata. |
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