Os Evangélicos perante o Público

 
Por Guido Valdemar Oliveira

Fonte

Revista Novas de Alegria
n.º 472 e 473 (Mai/Jun82)

Numa época em que as questões religiosas e filosóficas preocupam os espíritos, julgamos fazer uma boa obra pondo, ante o respeitável público, este nosso humilde trabalho. Além disto, acresce que a Religião Evangélica tem sido alvo das mais grosseiras acusações. Pessoas há que confundem o Protestantismo com o Materialismo; outras que crêem que a Religião Protestante consiste em blasfemar de Cristo, em falar contra a Virgem Maria e os Santos, havendo até quem julguem ser os Evangélicos fisicamente diferentes dos outros homens!

Estas ideias e outras semelhantes, impróprias até de séculos remotos, são entretidas por pessoas de crassa ignorância, e engendradas por certos indivíduos de má fé. O nosso fim é prevenir os incautos e os de boa consciência contra essas insinuações perversas, que correm por aí dando-lhes, em breves frases e concisas sentenças, a fé das Igrejas Evangélicas.

Sobre a Santíssima Trindade
Nós, os Crentes Evangélicos, cremos em Deus Pai, Filho e Espírito Santo, e que estas três Pessoas são um Deus, da mesma substância, iguais em poder e glória.

Sobre a Salvação
Cremos que Jesus Cristo, o Eterno Filho de Deus, Se fez homem no seio da Virgem Maria, por obra e graça do Espírito Santo, para padecer e morrer pelos nossos pecados; cremos, como diz S. Pedro (Act. 4:12), que não há salvação em nenhum outro, além de Jesus, e que a salvação, obtida por Cristo, é oferecida de graça, a todos, e pela fé (Ef. 2:4-9).

Da Fé e das Obras
A fé em Cristo (que é uma graça salvadora pela qual O recebemos e confiamos só n’Ele para a salvação) é um princípio vivo e activo da alma, que obra pelo amor, purifica o coração e estimula a uma obediência permanente.
As boas obras, que, nos escritos de S. Paulo (Ef. 2:10), constituem o caminho preparado por Deus para os remidos andarem n’Ele, são os frutos da fé em Cristo. E como a sombra acompanha o corpo, assim as obras seguem a fé em Jesus. Aquele que crê em Cristo, e não faz boas obras, não possui fé, e está fora do caminho da Salvação.

Sobre o Céu e o Inferno
Cremos em um Céu para o qual sobem, na hora da morte, as almas dos crentes, e um Inferno, no qual são lançados todos os ímpios.

Sobre a purificação dos pecados
Nós, Evangélicos, cremos, como nos ensina S. João, que no sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo, temos a purificação de todos os nossos pecados.

Sobre a ressurreição da carne e o juízo final
Cremos na ressurreição da carne e no dia de juízo, no qual Jesus Cristo, com os anjos do Seu Poder, descerá do Céu para julgar os vivos e os mortos.

Sobre a Igreja
Cremos em uma Igreja católica (isto é, universal) e apostólica, mas não romana, a qual se compõe de todos os crentes espalhados por toda a Terra, e identificados em Jesus Cristo, pela fé.

Sobre o Chefe da Igreja
Não conhecemos outro Chefe, Cabeça e Mestre, além do Senhor Jesus Cristo, a Pedra sobre a qual está identificada a Igreja Cristã, e contra a qual as portas do Inferno jamais hão-de prevalecer.

Do culto
Adoramos o Pai, o Filho e o Espírito Santo em espírito e verdade, segundo estas palavras do Redentor: “Deus é Espírito e importa que os que O adoram O adorem em espírito e em verdade.” (João 4:24).

Sobre o Intercessor
Só conhecemos e reconhecemos, como nosso Mediador, Advogado e Intercessor, a Jesus Cristo, que se acha exaltado à Dextra de Seu Pai, intercedendo pelo Seu povo, como o atesta o apóstolo Paulo.

Sobre a Virgem Maria
Cremos que Jesus Cristo nasceu da Virgem, por obra e graça do Espírito Santo. Nós a contamos entre as pessoas que têm pertencido à nossa religião, pois a sua fé é a nossa, o seu Senhor, a Quem a sua alma engrandeceu, e o Deus e Salvador, em Quem o seu espírito se alegrou, é o nosso Deus e Salvador. Cremos que a Virgem Maria se acha na Glória, e em tudo nos comportamos para com ela como se conduziram os Apóstolos e as santas mulheres mencionadas no Novo Testamento.

Dos Santos
Nós cremos em todos os santos das Escrituras Sagradas, e que estão no Céu, lemos todos os dias os escritos dos profetas, dos apóstolos e dos evangelistas, e esforçamo-nos por andar no mesmo caminho pelo qual todos chegaram à Glória, e esse caminho é Jesus Cristo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim.” (João 14:6).

Das Escrituras Sagradas
Cremos que as Escrituras Sagradas, do Velho e do Novo Testamento, são a Palavra de Deus, a nossa única regra de fé e de moral, e que todos têm o direito de possuí-las e o dever de examiná-las.

Sobre os sacramentos
Cremos nos sacramentos que Jesus instituiu, os quais são dois: o Baptismo e a Sagrada Comunhão. O Baptismo é com a água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A Sagrada Comunhão ou Ceia do Senhor é com o pão e o vinho, pronunciando-se ao mesmo tempo as palavras de Jesus como se acham no Evangelho de S. Lucas 22:17-20.

Do impedimento
Cremos ser só impedimento aquilo que Deus proíbe na Sua Palavra, e que tal impedimento não pode comprar ou anular por dinheiro algum.

Sobre o casamento dos pastores
A esse respeito a nossa doutrina é a seguinte: Todo o bispo, ministro ou presbítero que quiser viver irrepreensivelmente solteiro, pode; mas, todo aquele que, em qualquer tempo, quiser tomar estado, pode e deve casar-se segundo as leis divinas e o exemplo da Igreja do Velho e do Novo Testamento.

Sobre os dias de guarda
Guardamos o domingo como o único dia santo do Cristianismo. Guardamo-lo, não praticando obra alguma, e santificando-o, lendo as Escrituras Sagradas, assistindo ao culto divino nas nossas Igrejas, orando, fazendo bem ao nosso semelhante, e cantando louvores a Deus do fundo do coração.

Da confissão
Nas igrejas evangélicas há duas espécies de confissão; uma consiste em pedirmos perdão a quem temos ofendido; a outra em confessarmos todos os nossos pecados a Deus.

Por que protestamos contra outro mediador e intercessor além de Cristo
Não cremos em outro mediador a não ser Cristo, porque S. Paulo declara que, entre Deus e os homens, só há um mediador, que é Jesus Cristo (I Tim. 2:5). Nós não recorremos a outro advogado, além de Jesus, porque S. João diz-nos que “se pecarmos, temos por advogado, para com o Pai, Jesus Cristo” (I João 2:1). Não temos no Céu outro que ore por nós, excepto Jesus, porque Ele é o único que a Bíblia nos apresenta como vivendo para interceder por nós (Heb. 7:25). Não rogamos nada em outro nome, senão no de Jesus, porque esse é o único nome no qual, tudo o que pedirmos receberemos (João 14:13). Não só chegamos a Deus mediante o Seu amado Filho, porque Jesus nos assevera que ninguém pode ir ao Pai sem ser por Ele (João 14:6).

Por que protestamos contra o Purgatório
A doutrina do Purgatório é diametralmente oposta ao que se diz na Epístola aos Hebreus 1:3; ao facto narrado no Apocalipse 7:14; à voz do Céu que S. João ouviu (Ap. 14:13); e a inúmeras outras passagens das Escrituras Sagradas, sobressaindo esta: O sangue de Jesus Cristo, Seu Filho, nos purifica de todo o pecado (I João 1:17). Nosso Senhor fala de dois caminhos, um dos quais conduz ao inferno (Mat. 7:13,14), mas nunca nos falou de um caminho para o Purgatório. No texto bíblico do rico e de Lázaro, e no facto eloquente do ladrão na cruz, O Filho de Deus declara, alto e bom som, não haver lugar intermediário entre o Céu e o Inferno (Luc 16:19-26; 23:42,43). Examine-se também Is. 53:4,5; I Ped. 2:24; João 14:4; Ap. 1:5,6. Protestamos, consequentemente, contra o Purgatório, porque a sua doutrina desvirtua pela base a obediência, paixão e morte de Jesus Cristo nosso Senhor e Salvador.

Por que protestamos contra as imagens e o seu culto
No segundo mandamento da Sua Lei, Deus proíbe terminantemente o fabrico de imagens, ou figuras, de tudo o que há em cima no Céu, do que há em baixo na terra, e nas águas debaixo da terra, para prestar-lhes culto. (Êx. 20:4-6). Que Deus, no Decálogo, condena as imagens e o seu culto, salta aos olhos; e a mesma Igreja Romana tanto o reconhece que, nos seus catecismos, modificou os Dez Mandamentos, para encher seus templos de imagens de homens e de mulheres! (Presentemente as autoridades católicas procuram, dentro do possível, eliminar a maioria das imagens.) “Guardai, pois, com diligência as vossas almas”, declara a Bíblia; pois semelhança nenhuma vistes no dia em que o Senhor vosso Deus em Horeb falou convosco no meio do fogo; para que não vos corrompeis, e vos façais alguma escultura, semelhança de imagem, figura de macho ou fêmea, (Deut. 4:16). Veja-se também Jer. 10:14,15; Is. 44:1-20; Sal. 115:1-8; Act. 17:29).
Os membros santos que, por palavras, condenam as imagens e o seu culto, protestam também por factos contra semelhante uso (Act. 10:25,26; e, demais, não precisamos das obras dos homens par nos lembrarmos das obras de Deus, pois o Criador tem-nos cercado das Suas maravilhosas obras, que, mais eloquentemente do que todas as imagens feitas pelos pecadores, nos falam da Sua sabedoria, poder e bondade (Sal. 19:1-7; Rom. 1:19,20).

Por que protestamos contra o celibato
“Convém, pois”, diz Deus nas Escrituras Sagradas, “que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher” (I Tim. 3:2). “Os diáconos”, lê-se também na Palavra de Deus, “sejam maridos de uma mulher, e governem bem os seus filhos e as suas próprias casas” (I Tim. 3:12). Protestamos, pois, contra o celibato, por ser uma instituição contrária às Sagradas Escrituras (I Tim. 4:1-3).

Por que protestamos contra o papado
S. Paulo, comparando a Igreja espiritualmente a um Corpo e uma Esposa, da qual Cristo é a Cabeça e o Esposo, mostra-nos ter a Igreja de Roma duas cabeças: uma visível e outra invisível (Ef. 1:22,23; 5:23). Com efeito, assim como toda a esposa fiel não tem dois maridos, um manifesto e outro oculto, porém um só, assim também a Igreja cristã não reconhece outro Esposo além de Jesus Cristo, o Espírito Santo, assemelhando outrossim a Igreja a um corpo, ensina-nos que, como num corpo há apenas uma cabeça, da mesma forma a Igreja de Deus (que não é um monstro para ter duas cabeças, uma visível e outra invisível) só possui uma cabeça que é Jesus. Paulo não só atesta que o fundamento colocado é Jesus Cristo, mas também que não se pode pôr outro. Ninguém (diz ele) pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo (I Cor. 3:11). Os defensores do Papado citam S. Mateus 16:18; o próprio S. Pedro, todavia, declara que a pedra é Cristo (Act. 4:17), e, na sua Epístola, como se tivesse ouvindo a doutrina romana, previne-nos contra ela, exortando-nos a edificar, não sobre ele, mas sobre Jesus, que é a pedra viva lançada em Sião (I Ped. 2:4,6).
O Senhor condena a primazia entre Seu apóstolos, e declara-os todos iguais (Mat. 19:28; 23:8; Mar. 10:42-45; Luc. 22:24-26). Os apóstolos, e os cristãos do seu tempo, nem por sonhos suspeitaram de que Pedro fosse a pedra ou o chefe da Igreja, e S. Pedro, com os outros presbíteros, nunca se chamou Papa ou Sumo Pontífice (Act. 8:14; 23:11; Gál. 2:11; Ap. 21:14; Ef. 2:20; I Ped. 1:1; 5:1-3). As Sagradas Escrituras só nos falam de um Pontífice, que não está em Roma, mas nos Céus, o qual não é o Papa, mas Cristo (Heb. 4:14-16). O Papado, por conseguinte, não é de instituição divina. Perante as Escrituras Sagradas e a consciência de todo o cristão, o Papa ocupa um lugar que pertence exclusivamente ao Senhor Jesus Cristo!

Por que protestamos contra o negar-se o vinho ao povo na comunhão
“E tomando (Jesus) o cálice, e dando graças deu-lho dizendo: Bebei dele todos” (Mat. 26:27). “E, tomando o cálice, e dando graças, deu-lho; e todos beberam dele” (Mar. 14:23). Não modificou, pois, a Igreja Romana, o sacramento da Comunhão, negando o cálice ao povo? (I Cor. 11:23-29). Jesus Cristo, sem dúvida, tinha os olhos postos nessa modificação quando instituiu a Eucaristia; porque, quando deu o pão, não disse “Comei todos dele”, como disse quando deu o cálice.

Por que protestamos contra a confissão auricular
O nosso Divino redentor, na oração que nos deixou, chamada Pai Nosso, condenou a confissão auricular, ensinando-nos a pedir perdão a Deus. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mat. 6:12). Se, dirigindo-Lhe com fé e arrependimento essa petição, Deus nos perdoa, como Jesus garante (Mat. 6:14), não precisamos então de aviltar-nos aos pés de um pecador para lhe implorar o perdão que só Deus pode conceder, e está pronto a dar-nos, com a mesma satisfação com que nos dá o pão nosso de cada dia.
Nosso Senhor também condena a confissão ao sacerdote, na seguinte passagem da parábola do Filho Pródigo: “Levantar-me-ei e irei ter com meu Pai” (e não ao sacerdote), e dir-lhe-ei: Pai (e não sacerdote), pequei” (Luc. 15:18). Foi a Deus que se confessaram Abel, Enoch, Noé, Abraão, Josué, Elias, Isaías, Jeremias e Daniel: confessei-te (a ti, Deus) o meu pecado, diz um dos grandes representantes do povo antigo de Deus, o rei David, e a minha alma não encobri. Dizia eu: Confessarei ao Senhor (e não ao padre) as minhas transgressões e Tu perdoaste a maldade do meu pecado” (Sal. 32:5,6). Não foi aos pés de um sacerdote que a pecadora se ajoelhou, mas aos de Jesus, que, com todo o amor, lhe perdoou os seus muitos epcados (Luc. 7:41-50).
O publicano, que Jesus Cristo citou como um protótipo de contribuição, obteve o perdão dos seus pecados, dizendo simplesmente, a Deus, a oração: “Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador” (Luc. 18:13). Foi a Deus que Pedro, Paulo e João se confessaram. O ladrão, na cruz, sem jamais se ter confessado a um sacerdote, foi direito para o Céu, obtendo o perdão dos seus pecados, por dirigir a Jesus, com fé, esta curta oração: “Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no Teu Reino” (Luc. 23:42,43). E quando o povo perguntava aos Apóstolos o que deveria fazer para se salvar, estes, em vez de bradarem como os sacerdotes hodiernos: “Vinde, vinde à confissão”, diziam: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo” (Act. 16:31).
Protestamos contra a confissão auricular por ser uma doutrina estranha à Bíblia, e porque, tendo nós o perdão de Deus, que é nosso Pai, e que tem perdoado a todos os que estão no Céu, está pronto a perdoar-nos com alegria desde que, arrependidos e com fé, nos cheguemos a Ele. Não precisamos da absolvição de homens imperfeitos, os quais não se podem perdoar a si próprios quanto mais aos outros!...

O Credo chamado dos Apóstolos
Os cristãos evangélicos aceitam, de coração, o Credo apostólico, por ele se achar em perfeita harmonia com as doutrinas das Sagradas Escrituras.
“Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra. Creio em Jesus Cristo, Seu Único Filho, nosso Senhor, o Qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; Padeceu sob poder de Pôncio Pilatos; foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades (1); ressurgiu dos mortos, ao terceiro dia; subiu ao Céu, e está assentado à Mão Direita de Deus Pai, Todo-Poderoso, de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Católica (2); na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém”.

Amigo leitor, nas poucas linhas que acaba de ler, pode ver, em resumo, quais os ensinos que os Protestantes aceitam, e quais os que repelem, e ainda os motivos por que os repelem.
As doutrinas claramente ensinadas nas Sagradas Escrituras, eles as aceitam e nelas crêem com toda a reverência e respeito; aquelas, porém, que foram introduzidas na Igreja pelos homens, eles as rejeitam com toda a energia.
Os evangélicos não são ateus, porque acreditam em Deus e na Santíssima Trindade. Não são incrédulos, porque crêem e aceitam as Escrituras Sagradas, como regra da sua fé, e procuram obedecer a todos os preceitos nelas contidos. Eles só protestam contra aquelas doutrinas que não foram ensinadas por Deus, e que tendem não apenas a desvirtuar o santo Evangelho de Jesus Cristo, como também arruinar as almas.
Eles procuram sempre divulgar a verdade religiosa, e ensiná-la a todos. A prova disto está nos esforços que fazem para propagar o Evangelho entre as nações, a fim de todos terem conhecimento da doutrina pura que o Salvador pregou aos homens. Verdade é que, entre os que se dizem Protestantes, contam-se alguns ateus e incrédulos; também entre os que se dizem Católicos Romanos há os que declaram descrer de tudo; no entanto, passam por Católicos Romanos... A palavra protestante no seu verdadeiro sentido religioso, significa o que protesta contra o erro, por amor à verdade que afirma, o que segue Cristo e O reconhece como Mestre, único Advogado e Salvador dos homens.
Estude o Evangelho, siga a doutrina de Jesus, e o prezado leitor será um verdadeiro cristão e herdeiro da Vida Eterna!